Quando foi a última vez que você se escutou de verdade?

Não aquela escuta apressada entre uma notificação e outra. Nem aquele “tô bem, só cansado” automático que você responde até pra si mesmo. Mas uma escuta honesta, silenciosa, profunda. Daquelas que fazem até o peito dar um suspiro.

Talvez você não se lembre. E está tudo bem.

A maioria das pessoas também não lembra.

A gente vive para fora. Fala com todo mundo, responde a todo mundo, atende a todo mundo… menos a nós mesmos.

Você já reparou?

Enquanto aconselha os outros, resolve problemas e dá conta de tarefas, seu mundo interno vai ficando abafado. O que você sente vai virando ruído de fundo e sua própria voz, aquela que sussurra o que realmente importa e vira quase um eco esquecido.

Mas e se eu te dissesse que a chave para lidar melhor com as suas emoções, decisões e até seu bem-estar está justamente aí, onde você quase não olha:

Na sua capacidade de se escutar.

Neste artigo, você vai entender o que é escuta ativa, por que ela é tão importante (e tão negligenciada), e como começar a usá-la com a pessoa mais importante da sua vida: você.

O que é escuta ativa (na prática)?

Segundo Daniel Goleman, autor de “Inteligência Emocional”, o autoconhecimento é uma das cinco habilidades fundamentais da inteligência emocional e ele começa, justamente, pela escuta interna.

Escutar é diferente de ouvir.

Ouvir é automático. Você ouve o barulho do carro passando, alguém chamando seu nome, o apito do microondas...

Escutar, de verdade, exige presença. Atenção. Intenção.

Escuta ativa é quando você está ali inteiro, não só ouvindo palavras, mas entendendo sentimentos, intenções, emoções. Sem julgar. Sem interromper. Sem tentar resolver antes de compreender.

No dia a dia, a gente escuta os outros com pressa. E a si mesmo… com descaso.

Você já se pegou dizendo “eu tô bem”, só pra encerrar o assunto com você mesmo?

Já mudou de assunto na própria cabeça porque não queria lidar com algo que estava sentindo?

Pois é.

A escuta ativa é uma habilidade poderosa da inteligência emocional.

E, apesar de ser muito usada para melhorar relações com o outro, o maior impacto dela acontece quando é praticada internamente.

Imagine: como sua vida mudaria se você desse à sua própria dor a mesma atenção que dá ao desabafo de um amigo?

Por que raramente escutamos a nós mesmos?

Você vive no automático. Corre para dar conta de tudo e, quando finalmente tem um tempo, prefere silenciar com um vídeo, uma série ou uma rolagem infinita no Instagram.

Mas, no fundo, sabe o que é isso?

É medo de escutar o que o silêncio pode revelar.

Escutar a si mesmo é desconfortável no começo. Porque traz verdades que você andou empurrando com a barriga. Traz perguntas sem resposta e traz angústias que você preferia deixar quietas.

Além disso, tem um inimigo sutil: a voz da autocrítica.

É aquela que, no lugar de acolher, diz “você é fraco”, “você devia estar bem”, “isso é besteira”.

E como escutar com gentileza se toda vez que você tenta, essa voz te corta?

Por isso, a gente foge. Distrai. Se desconecta.

Mas o preço dessa desconexão é alto: decisões impulsivas, emoções represadas, sensação de vazio e perda de sentido. Escutar a si mesmo é como voltar para casa depois de muito tempo fora: no início pode parecer bagunçado, mas só assim você pode arrumar.

Se quiser testar sua “auto escuta” agora, responda com sinceridade:

• Quando foi a última vez que parei para saber como realmente me sinto?

• Eu acolho ou julgo o que penso e sinto?

• Eu estou me escutando... ou só me ignorando com estilo?

Como começar a escutar a si mesmo (sem medo e sem pressa)?

Escutar a si mesmo não precisa ser um ritual cheio de etapas, nem um mergulho profundo na dor logo de cara.

Na verdade, quanto mais simples for, melhor.

A escuta ativa interna começa em pequenos gestos, quase invisíveis, como:

• Fazer uma pausa antes de dizer “Está tudo bem”.

• Respirar fundo antes de responder no automático.

• Notar como seu corpo reage a certas pessoas, lugares ou decisões.

• Se perguntar: “O que eu realmente preciso agora? ”, e esperar pela resposta, mesmo que ela não venha na hora.

Parece pouco, mas não é.

A maioria das pessoas passa a vida inteira se ignorando.

Então, se você parou para ler até aqui e refletiu sobre si...

Parabéns. Você já começou.

A escuta ativa não é sobre ter todas as respostas. É sobre criar espaço para que as respostas possam surgir, com tempo e verdade.

O Seu Conselheiro como prática de escuta emocional

Talvez você ainda não saiba por onde começar. Talvez esteja tudo tão bagunçado aí dentro, que a ideia de se escutar pareça estranha, desconfortável... ou até distante. Mas, e se você tivesse alguém ou algo que te ajudasse nisso deixando as coisas mais fáceis?

Alguém que, todo dia, te fizesse uma pergunta simples ou te desse um desafio diário para aumentar seu poder de escuta.

Nada invasivo. Só o suficiente para quebrar o silêncio e abrir espaço.

É exatamente isso que o Seu Conselheiro faz.

Através de perguntas leves, reflexões curtas e micro desafios diários, ele te ajuda a exercitar a inteligência emocional diariamente, com isso fica mais fácil sair do piloto automático e voltar a si, de um jeito leve, silencioso e respeitoso.

Sem julgamento. Sem pressa.

Apenas escuta.

Porque, às vezes, o que você mais precisa não é de respostas imediatas… mas de alguém que te pergunte: “E aí, como você está de verdade hoje?”

Escutar a si mesmo é um ato de coragem. É dar voz àquilo que você sente, mesmo quando o mundo inteiro está te pedindo performance. É parar de esperar que alguém venha te resgatar e começar a se acolher, um pouquinho por dia.

Você não precisa de muito.

Só de um momento honesto, no meio do seu caos. O Seu Conselheiro está aqui para isso:

Te lembrar, diariamente, que sua voz interna também merece ser ouvida.

Comece a usar gratuitamente no seu WhatsApp e receba um desafio emocional por dia diretamente.

Comece com uma pergunta.

E termine com um reencontro com você mesmo.

Escutar a si mesmo é a forma mais íntima de respeito que existe.